As teorias clássicas do conhecimento foram as precursoras ao questionar: como é possível o conhecimento? Logo surgiu múltiplas denominações e variações do que seria o 'conhecimento', dando origem a diferentes vertentes e perspectivas sócio-culturais-filosóficas.
Conhecimento faz do ser humano um
ser único e singular na coletividade, ou seja, diferente dos demais, na medida
em que lhe propicia esquivar-se da submissão à natureza. O homem atua na
natureza não somente em relação às necessidades de sobrevivência, mas se dá
principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e
transmitidos de geração a geração, através da educação e da cultura, isso
permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a precedeu. Ao
atuar o homem imprime sua marca na natureza, torna-a humanizada. E à medida que
a domina e transforma, também amplia ou desenvolve suas próprias necessidades.
Um dos melhores exemplos desta atuação são as cidades e as relações sociais e
culturais nelas estabelecidas.
Pela complexidade da nossa
realidade e a fim de nos apropriarmos dela tivemos que aceitar diferentes tipos
de conhecimentos buscando compreender e melhorar nossa 'verdade
científica'.
Eis então os tipos de
conhecimentos:
EMPÍRICO - o conhecimento empírico
é o que todas as pessoas adquirem na vida cotidiana, baseado apenas na
experiência da vida ou transmitida por alguém. Geralmente é o resultado de
experiências de erro e acerto, sem observação metódica nem verificação
sistemática, por isso carece de caráter científico. Pode também fazer parte das
tradições de uma coletividade, passando de geração para geração. Apesar de
ser um nível inferior ao científico, o conhecimento vulgar não deve ser
menosprezado, pois constitui a base do saber e já existia muito antes do homem
imaginar a possibilidade da ciência.
CIENTÍFICO - o conhecimento
científico preocupa-se com os efeitos, com as causas e as leis que o
motivaram. No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e
lógico que possibilita a formação de ideias, num processo complexo de pesquisa,
análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser comprovadas
são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é privilégio de
especialistas das diversas áreas das ciências.
FILOSÓFICO - o
conhecimento filosófico se baseia na interrogação como instrumento para
decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, ou seja, a filosofia. A
filosofia é uma busca partindo do material para o universal, exige um método
racional, diferente do método experimental do conhecimento científico, levando
em conta os diferentes objetos de estudo. Como a Ciência não é suficiente para
explicar o sentido geral do universo, o homem tenta essa explicação através da
Filosofia. Filosofando, ele ultrapassa os limites da Ciência, delimitado pela necessidade da comprovação concreta a fim de
compreender ou interpretar a realidade em sua totalidade.
TEOLÓGICO - a finalidade do Teólogo é provar a
existência de Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração
Divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e
incontestáveis. Conhecimento adquirido a partir da fé teológica é fruto
da revelação da divindade.
TECNOLÓGICO – a presença desse desafia o ser humano a
voltar-se à exploração dos instrumentos tecnológicos, assim como, no passado,
as ferramentas naturais que faziam parte do cotidiano despertavam o interesse
dos homens das cavernas. Nesse cenário, o homem implementa elementos
artificiais que acabam por compor nova seção da natureza que, juntamente com a
natural, passa a constituir um desconhecido meio a ser explorado. Apesar de
reconhecer que esse conhecimento não se encontra disponível em todas as nações na
mesma intensidade, da mesma forma. Embora, existam nações usufruindo a mais
alta tecnologia, enquanto outras podem ser comparadas a povos primitivos. Contudo
não podemos negar os avanços que a tecnologia agregou ao ser humano; jamais
poderemos deixar de Ampliá-los.
Referência:
Ramos, P.
Os caminhos metodológicos da pesquisa: da educação básica ao doutorado. 6. ed. rev.
Blumenau: Odorizze, 2011.